O Equador declarou estado de exceção em sete províncias, incluindo a capital, Quito, e todo o sistema prisional, devido ao aumento da violência ligada ao tráfico de drogas. A medida, válida por 60 dias, suspende direitos como a inviolabilidade de domicílio e impõe toque de recolher noturno em várias regiões. A decisão ocorre um dia antes do segundo turno das eleições presidenciais, que será disputado entre o atual presidente e uma candidata de esquerda.
Dados oficiais revelam que o país registrou um assassinato por hora nos primeiros meses do ano, marcando o início mais violento já documentado. O governo atribui a crise à atuação de grupos armados organizados, responsáveis por 120 mortes entre março e abril. Além disso, fronteiras com Colômbia e Peru foram temporariamente fechadas para garantir a segurança durante o pleito eleitoral.
Desde 2023, o Equador vive sob estados de exceção contínuos para conter a violência do narcotráfico, que reduziu levemente a taxa de homicídios, mas mantém o país como o mais violento da América Latina. O atual governo classifica o cenário como um “conflito armado interno”, mobilizando as forças de segurança contra grupos ligados a cartéis internacionais. A medida busca estabilizar o país em meio à tensão pré-eleitoral e à crescente insegurança.