No sábado, 12 de outubro, o Equador declarou estado de exceção em sete províncias, incluindo a capital Quito e o sistema prisional, em resposta ao aumento da violência ligada ao tráfico de drogas. A medida, que suspende direitos como a inviolabilidade de domicílio e impõe toque de recolher noturno em algumas regiões, visa conter a ação de grupos armados organizados. O segundo turno das eleições presidenciais, marcado para domingo, 13, ocorre em um contexto de crescente insegurança, com o país registrando uma das maiores taxas de homicídios da América Latina.
O decreto do governo destacou que a violência ultrapassou a capacidade de contenção das forças de segurança, com 120 assassinatos registrados em pouco mais de um mês. Desde 2023, medidas excepcionais têm sido adotadas para enfrentar o avanço do crime organizado, que disputa o controle do narcotráfico. Apesar de uma redução na taxa de homicídios em 2024, o Equador continua enfrentando desafios significativos, com militares atuando nas ruas para neutralizar grupos ligados a cartéis internacionais.
Como parte das ações de segurança, o país também restringiu a entrada de estrangeiros pelas fronteiras terrestres com Colômbia e Peru, principais produtores de cocaína do mundo. A medida, válida até a noite de segunda-feira, busca garantir a tranquilidade durante o processo eleitoral. O governo mantém a classificação de “conflito armado interno”, justificando a presença permanente das Forças Armadas no combate ao crime organizado.