Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda revisaram suas projeções para o resultado primário do governo em 2025 e 2026, indicando uma melhora em relação às estimativas anteriores. O relatório Prisma Fiscal de abril mostrou que o déficit primário esperado para 2025 foi ajustado de R$ 75,088 bilhões para R$ 73,657 bilhões, enquanto para 2026, a previsão passou de R$ 79,469 bilhões para R$ 78,157 bilhões. Além disso, a dívida pública bruta também teve projeções reduzidas, com expectativa de 80,50% do PIB em 2025 (ante 80,73%) e 84,55% em 2026 (contra 84,89% anteriormente).
Apesar da revisão positiva, as projeções ainda estão distantes das metas oficiais, que preveem déficit zero em 2025 e superávit de 0,25% do PIB em 2026. Agentes de mercado continuam preocupados com a sustentabilidade fiscal, especialmente diante do aumento dos gastos públicos em um ano eleitoral (2026) e do impacto da alta dos juros básicos sobre o custo da dívida.
O relatório também apontou um aumento nas expectativas para a receita líquida do governo, que deve atingir R$ 2,307 trilhões em 2025 e R$ 2,463 trilhões em 2026. Por outro lado, as despesas totais do governo central também foram revisadas para cima, chegando a R$ 2,381 trilhões em 2025 e R$ 2,559 trilhões em 2026, refletindo pressões orçamentárias em meio ao cenário econômico desafiador.