Economistas dos principais bancos dos EUA, como Goldman Sachs e JP Morgan, elevam as chances de uma recessão no país caso o governo não recue nas políticas de tarifas implementadas. O Goldman Sachs aumentou a probabilidade de recessão para 45% nos próximos 12 meses, enquanto o JP Morgan estima 60%, classificando as medidas como o maior aumento de impostos desde 1968. Especialistas criticam a postura, alertando que as decisões podem desencadear inflação, enfraquecer o crescimento econômico e impactar diretamente os consumidores.
O mercado financeiro já reflete o temor, com o S&P 500 registrando queda de 20% e empresas como Nvidia e Tesla sendo particularmente afetadas. Indicadores como a confiança do consumidor e os gastos no varejo também mostram sinais de desaceleração, embora o mercado de trabalho ainda se mantenha estável. O Federal Reserve de Atlanta projetou uma queda de 1,8% no PIB anualizado para o primeiro trimestre de 2025, aumentando o alerta para uma possível recessão técnica.
A preocupação se estende ao cenário global, com gestores de fundos apontando as tarifas e as ações do Departamento de Eficiência Governamental como principais riscos para uma desaceleração econômica mundial. Enquanto o ouro atinge recordes como ativo seguro, o petróleo Brent cai, refletindo expectativas de menor demanda. Apesar das incertezas, o governo mantém o discurso de foco na redução de juros, enquanto economistas defendem medidas mais graduais para evitar uma crise profunda.