Durante a 11ª Brazil Conference em Boston, um destacado economista do BTG Pactual analisou a política econômica brasileira, criticando a combinação de juros elevados e fiscalidade frouxa. Ele comparou a situação a dirigir com um pé no freio e outro no acelerador, sugerindo que o Banco Central poderia ter mais facilidade se houvesse um ajuste fiscal mais rigoroso e uma redução gradual dos juros. Apesar disso, reconheceu os avanços recentes, como reformas estruturais e a queda do desemprego, destacando que a inflação, embora acima da meta, está em patamares historicamente baixos para o Brasil.
O economista também comentou sobre o cenário internacional, classificando as políticas tarifárias dos EUA como “um horror” econômico e geopolítico, mas ressaltou que o Brasil está menos exposto devido à sua vocação para o multilateralismo e relações comerciais diversificadas. Ele defendeu que o país deve focar em setores onde tem vantagens competitivas, como o agronegócio, para se proteger de conflitos comerciais globais.
Por fim, ele expressou otimismo em relação ao futuro do Brasil, afirmando que as instituições estão mais sólidas do que nunca e que o sucesso do país depende principalmente de seus próprios esforços. Encorajou jovens a contribuírem para o desenvolvimento nacional, destacando a importância do setor privado na geração de empregos e riqueza, enquanto o governo cria condições para um ambiente econômico mais favorável.