Um relatório da Capital Economics, divulgado nesta terça-feira (22.abr.2025), analisou as possíveis consequências da substituição do atual presidente do Federal Reserve (Fed) por um indicado pelo governo dos Estados Unidos. O economista-chefe para América do Norte da empresa, Paul Ashworth, destacou que, mesmo com a nomeação de um nome qualificado, a estrutura de votação do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) limitaria a influência do novo presidente sobre a política de juros. Isso poderia dificultar a redução das taxas, algo que tem sido criticado publicamente por autoridades.
Ashworth ressaltou que a eventual remoção do atual presidente seria apenas o primeiro passo em um processo mais amplo, que exigiria a substituição de outros seis membros do Conselho do Fed para alcançar a mudança desejada nas taxas. Tal cenário, no entanto, poderia desencadear uma reação negativa ainda mais forte nos mercados, com desvalorização do dólar e aumento das taxas de juros de longo prazo. A independência do Fed e a estabilidade financeira são preocupações centrais diante dessas especulações.
As incertezas em torno do tema já impactaram os mercados, com as principais bolsas de Wall Street registrando quedas superiores a 2% na segunda-feira (21.abr). Analistas alertam que a politização do Fed poderia minar a confiança dos investidores e agravar a volatilidade econômica. O relatório baseia-se em informações da Investing e reflete a tensão entre as decisões técnicas do banco central e as pressões políticas.