A revista britânica The Economist criticou as condições de Belém, capital do Pará, que sediará a COP30 em novembro. A reportagem descreve a cidade como quente, com infraestrutura precária, esgoto a céu aberto e pouca capacidade hoteleira, levantando preocupações sobre como acomodará os milhares de participantes esperados. Soluções improvisadas, como a adaptação de escolas, quartéis e até motéis em alojamentos, além do uso de navios de cruzeiro, estão sendo planejadas para suprir a demanda.
A publicação também menciona as obras em andamento para receber o evento, incluindo a derrubada de 13 km de floresta para a construção de uma rodovia e a dragagem de rios. Apesar dos impactos ambientais, autoridades locais defendem que as reformas trarão um legado positivo para a cidade. O secretário de infraestrutura do Pará destacou que os preparativos visam melhorar a infraestrutura a longo prazo.
Por fim, a reportagem aborda os esforços para diversificar a economia da região, com iniciativas como o mercado de créditos de carbono, investimentos em energia limpa e o desenvolvimento da bioeconomia. Essas medidas buscam reduzir a dependência de atividades tradicionais, como agricultura e mineração, alinhando-se aos objetivos da cúpula do clima. A COP30, no entanto, ainda é vista como um desafio logístico e ambiental para Belém.