A revista britânica The Economist publicou uma errata na segunda-feira (22.abr.2025) para corrigir um editorial de 16 de abril, no qual criticava a atuação de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A retificação esclarece que o presidente do STF não afirmou que o tribunal derrotou um ex-presidente, mas sim o “bolsonarismo”. A nota original do STF, divulgada no sábado (19.abr), destacou que a declaração do ministro se referia ao papel dos eleitores, não da corte. No entanto, a gravação da fala em 2023 mostra que ele usou o termo “nós”, o que gerou interpretações divergentes.
Em seu discurso no Congresso da UNE em 2023, o ministro afirmou: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia”. A nota do STF reiterou que a declaração estava relacionada ao voto popular, mas a Economist observou que a fala não deixava claro esse contexto. Um articulista questionou a precisão da nota do tribunal, apontando possíveis inconsistências jurídicas. A revista também destacou que suas publicações sobre o tema tiveram alcance significativo nas redes sociais.
A Economist ainda defendeu seu enfoque editorial, enquanto o STF reiterou que as decisões judiciais criticadas foram motivadas por crimes ou ameaças à democracia, como tentativas de golpe e ataques às instituições. O tribunal afirmou que a confiança nele permanece alta, conforme pesquisas, e que as ações judiciais seguiram procedimentos legais estabelecidos. O debate reflete tensões entre a narrativa midiática e a versão institucional sobre eventos recentes no Brasil.