O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrou uma queda de 0,3% no primeiro trimestre, após um crescimento de 2,4% no último trimestre de 2024, segundo dados preliminares do Departamento do Comércio. O resultado, que contrariou as expectativas de analistas, foi influenciado pelo aumento das importações, impulsionado por empresas que buscaram evitar custos mais altos devido às novas tarifas anunciadas. Economistas haviam projetado um crescimento modesto, mas o déficit comercial recorde em março acabou por impactar negativamente o desempenho econômico.
Nos primeiros 100 dias de governo, a gestão econômica tem enfrentado crescente desaprovação da população, com a confiança do consumidor próximo dos níveis mais baixos em cinco anos e o sentimento empresarial em declínio. Companhias aéreas e outros setores citam incertezas decorrentes das medidas tarifárias, enquanto especialistas alertam para o risco de aumento de custos para empresas e famílias. A inflação, que foi um dos principais motivos da insatisfação eleitoral, continua a pressionar a economia.
As tarifas, vistas como uma estratégia para aumentar a receita e compensar cortes de impostos, ainda não demonstraram os efeitos positivos esperados. A economia dos EUA, que já enfrenta um declínio prolongado, agora lida com desafios adicionais, como a redução da atividade comercial e o descontentamento generalizado. O cenário atual sugere que a recuperação pode ser mais lenta do que o previsto, com impactos significativos para o mercado global.