A economia da China cresceu 5,4% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando as estimativas de analistas, que projetavam um avanço de 5,1%. O desempenho foi impulsionado por medidas fiscais e por resultados positivos em setores como produção industrial e vendas no varejo em março. No entanto, a guerra comercial com os Estados Unidos e a desaceleração no setor imobiliário pressionam as perspectivas econômicas, aumentando a necessidade de novos estímulos.
A escalada das tarifas entre China e EUA tem gerado incertezas, com ambos os países impondo taxas retaliatórias sobre importações. Enquanto os EUA chegaram a aplicar alíquotas de 145% sobre produtos chineses, a China respondeu com medidas como a proibição da entrega de jatos da Boeing. Apesar de algumas isenções recentes, como a de eletrônicos, o conflito comercial continua a preocupar mercados globais, com temores de impactos mais amplos.
Os investidores reagiram com cautela aos dados do PIB, mantendo os índices próximos aos níveis pré-anúncio. Analistas destacam que, embora o crescimento tenha surpreendido, a desaceleração deve persistir ao longo do ano, especialmente com a expectativa de enfraquecimento das exportações. O cenário econômico permanece sob tensão, equilibrando-se entre estímulos internos e pressões externas.