A economia brasileira criou 71,56 mil empregos formais em março de 2025, segundo dados do Ministério do Trabalho e do Emprego. O resultado, embora represente um aumento de 71% em comparação com o mesmo mês de 2024, é o segundo pior para meses de março desde o início da série histórica do novo Caged, em 2020. No acumulado do primeiro trimestre, foram geradas 654,5 mil vagas com carteira assinada, uma queda de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O setor de serviços foi o que mais contratou em março, enquanto o comércio liderou as demissões. Quatro das cinco regiões do país registraram saldo positivo de vagas. O salário médio de admissão chegou a R$ 2.225,17, com alta real tanto na comparação mensal quanto anual. Ao fim do mês, o Brasil contabilizava 47,86 milhões de empregos formais, um aumento em relação a fevereiro de 2025 e março de 2024.
Os dados do Caged não incluem trabalhadores informais e, portanto, não são diretamente comparáveis aos da Pnad, que apontaram uma taxa de desemprego de 7% no primeiro trimestre de 2025 — a menor para o período desde 2012. A mudança metodológica no Caged em 2020 impede comparações precisas com anos anteriores, conforme destacam analistas.