Doze estados norte-americanos ingressaram com uma ação na Corte de Comércio Internacional dos Estados Unidos, em Nova York, contestando a legalidade das tarifas impostas pelo governo federal. Os autores, incluindo Arizona, Nova York e Connecticut, argumentam que as medidas violam a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, já que só o Congresso teria autoridade para aplicar tais tarifas, exceto em situações de emergência nacional. Eles alegam que as políticas causaram instabilidade econômica e prejudicaram negócios e famílias em seus territórios.
A ação judicial segue um movimento similar do governador da Califórnia, que também criticou as tarifas por causarem bilhões em prejuízos ao estado, maior importador do país. Representantes dos departamentos de Justiça estaduais classificaram as medidas como “economicamente irresponsáveis” e um “imposto ilegal” sobre a população. Em resposta, a Casa Branca defendeu as tarifas como necessárias para proteger a indústria nacional e os trabalhadores contra uma “emergência nacional”.
Dos doze estados envolvidos, apenas Nevada e Vermont têm governadores do Partido Republicano, enquanto os demais são administrados por democratas. O Departamento de Justiça dos EUA ainda não se pronunciou sobre o caso. A disputa reflete tensões políticas mais amplas sobre o equilíbrio de poderes entre o Executivo e o Legislativo na definição de políticas comerciais.