Nos últimos anos, as casas de apostas consolidaram uma presença maciça no futebol brasileiro, patrocinando 18 dos 20 clubes da Série A e marcando presença até em estádios tradicionais. Com investimentos que devem ultrapassar R$ 1 bilhão em 2024, as bets aproveitaram o vácuo deixado por bancos, como a Caixa Econômica Federal, que dominavam o mercado na década passada. A pandemia acelerou essa tendência, com as empresas do setor ampliando sua influência e até participando de contratações de jogadores de destaque.
O crescimento das apostas no futebol nacional foi vertiginoso, com um aumento de 25% no número de patrocínios em comparação a 2023. Estudos mostram que, embora o setor financeiro ainda lidere em volume de acordos, as bets estão cada vez mais próximas de se tornarem os principais apoiadores dos clubes. Além dos uniformes, algumas arenas já carregam nomes de casas de apostas, como a Fonte Nova, em Salvador, e a Arena das Dunas, em Natal.
A influência das bets também se estende às negociações de jogadores, com clubes como Corinthians e São Paulo utilizando recursos desses patrocínios para contratar atletas de alto custo. Enquanto isso, a regulamentação e o debate sobre o impacto desse modelo seguem em aberto, refletindo uma transformação profunda no cenário do futebol brasileiro.