O dólar registrou sua oitava queda consecutiva no mercado brasileiro nesta terça-feira (29), fechando abaixo de R$ 5,65, mesmo com a valorização da moeda norte-americana no exterior e a desvalorização do petróleo. A divisa acumula perdas de 4,40% nos últimos oito pregões, recuando de R$ 5,80 para R$ 5,63. Em abril, a queda foi de 1,31%, somando uma desvalorização de 8,89% no ano. Analistas atribuem o movimento à entrada de fluxos estrangeiros na bolsa e na renda fixa, além da internalização de recursos por exportadores, impulsionada pela rotação global de carteiras devido às incertezas na economia dos EUA.
No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas, teve leve alta, mas acumula quedas em abril e no ano. Dados econômicos dos EUA, como a redução na abertura de vagas de emprego e a queda no índice de confiança do consumidor, reforçaram o cenário de cautela. Enquanto isso, o Brasil se beneficia de um mercado acionário descontado e juros elevados, com expectativas de novo aumento da Selic em maio, atraindo investidores em busca de retornos maiores.
O Ibovespa teve sua sétima alta seguida, impulsionado pela busca por ativos de risco e pelo alívio nas tensões comerciais entre EUA e China, mas enfrentou resistência técnica ao se aproximar do pico histórico. O fluxo de recursos na bolsa brasileira permanece positivo, com R$ 7,6 bilhões em ingressos em cinco pregões. Notícias sobre tarifas, como a suspensão de impostos sobre etano pelos EUA e a ordem executiva de Trump para o setor automotivo, também influenciaram o mercado.