O dólar à vista registrou alta ante o real nas primeiras negociações desta quarta-feira (9), impulsionado pela reação dos investidores a mais uma escalada nas tensões comerciais entre China e Estados Unidos. O movimento ocorreu após Pequim anunciar novas medidas de retaliação contra as tarifas impostas pelo governo norte-americano, que entraram em vigor recentemente. Às 9h04, a moeda norte-americana subia 0,7%, cotada a R$6,0402 na venda, enquanto o dólar futuro também registrava alta de 0,51%, chegando a R$6,067 na B3.
Na sessão anterior, o dólar à vista já havia fechado em alta de 1,49%, atingindo R$5,9985 — o maior valor desde janeiro deste ano. O cenário reflete a cautela dos mercados diante do acirramento das disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Para conter a volatilidade, o Banco Central anunciou a realização de um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento de maio de 2025.
A tensão entre os dois países continua a influenciar os fluxos financeiros globais, com investidores buscando ativos considerados mais seguros em meio à incerteza. O real, assim como outras moedas emergentes, tem sentido o impacto dessas movimentações, com o dólar mantendo tendência de valorização no curto prazo. O mercado segue atento aos desdobramentos das negociações comerciais e às possíveis medidas das autoridades locais para estabilizar a moeda brasileira.