O dólar encerrou sua sexta sessão consecutiva de queda frente ao real nesta sexta-feira, 25, mesmo com instabilidade durante o dia. A moeda americana terminou cotada a R$ 5,6878, recuando 0,06% no dia e acumulando perdas de 2,00% na semana. Analistas atribuem o movimento a um alívio nas tensões comerciais entre EUA e China, além de estímulos econômicos anunciados pelo governo chinês, que beneficiaram ativos de risco, como moedas emergentes e bolsas.
Apesar de declarações duras do presidente dos EUA sobre a China, o mercado reagiu positivamente a sinais de possíveis reduções tarifárias, conforme destacado por autoridades próximas ao governo americano. O real também se beneficiou de uma migração de investimentos para mercados emergentes, visto como menos expostos aos impactos da guerra comercial. Além disso, a perspectiva de aperto monetário no Brasil reforçou a atratividade da moeda local, com expectativas de novos aumentos na taxa Selic.
O IPCA-15 de abril mostrou desaceleração, mas analistas avaliam que o Banco Central manterá postura conservadora diante de inflação persistente. Economistas projetam que a autoridade monetária deve elevar os juros em maio, sustentando uma taxa de câmbio mais baixa. Enquanto isso, o cenário global segue incerto, com investidores adotando cautela diante da volatilidade nas negociações entre as maiores economias do mundo.