O dólar encerrou em queda de 0,16% nesta quarta-feira (24), cotado a R$ 5,7190, marcando o quarto pregão consecutivo de desvalorização. A moeda americana perdeu fôlego após declarações do presidente dos EUA, que negou planos de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e sinalizou possíveis reduções nas tarifas sobre produtos chineses. O mercado reagiu positivamente à perspectiva de um acordo comercial entre as duas economias, embora o secretário do Tesouro americano tenha refutado a ideia de um recuo unilateral nas tarifas.
O real foi a moeda emergente latino-americana com melhor desempenho, impulsionado pelo alto nível da taxa de juros brasileira e pelo aumento do apetite ao risco. Enquanto isso, o Ibovespa subiu 1,34%, fechando acima de 132 mil pontos pela primeira vez desde março, apoiado pelo alívio nas tensões comerciais e pelo avanço de setores como bancos e commodities. A Petrobras, no entanto, recuou devido à queda nos preços do petróleo, pressionados por rumores de aumento na produção da Opep+.
O diretor de Política Monetária do Banco Central sugeriu que o ciclo de alta de juros pode estar perto do fim, após os recentes aumentos de 300 pontos-base. Analistas interpretaram a fala como um sinal de que o BC pode adotar uma postura mais moderada nos próximos meses. O cenário global, com possíveis acordos comerciais e menor volatilidade no Fed, continua a influenciar os mercados locais.