O dólar encerrou a segunda-feira (14) em queda de 0,33%, cotado a R$ 5,8512, após oscilar entre R$ 5,8286 e R$ 5,8748. A moeda americana foi pressionada pelo enfraquecimento no exterior e pela decisão do governo dos EUA de suspender temporariamente tarifas sobre produtos eletrônicos e smartphones, o que aliviou o mercado emergente. Apesar disso, declarações do presidente americano sobre a estratégia de sobretaxar importações causaram volatilidade, mantendo o cenário instável para investidores.
O real teve desempenho inferior a outras moedas emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, enquanto o peso argentino despencou após o fim dos controles cambiais. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras divisas, caiu para o menor patamar desde abril de 2022, influenciado pela valorização do euro e da libra esterlina. Economistas destacam que a Europa, apesar de seus desafios, tem sido vista como um refúgio em meio às incertezas globais.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,595 bilhão na segunda semana de abril, acumulando US$ 3,189 bilhões no mês. Enquanto isso, o Fed sinalizou possíveis cortes de juros caso os EUA entrem em recessão, aguardando o desfecho das negociações tarifárias para avaliar impactos na inflação. O mercado segue atento aos desdobramentos da guerra comercial, que agora pode migrar para acordos bilaterais ou setoriais.