O dólar encerrou esta segunda-feira, 14, em queda frente às principais moedas globais pela quinta sessão consecutiva, impulsionado pela recuperação do apetite por risco após a decisão do governo dos EUA de suspender temporariamente tarifas sobre alguns produtos eletrônicos. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana, recuou 0,46%, para 99,640 pontos, enquanto o euro e a libra esterlina avançaram. Analistas da Monex Europe destacam que a incerteza permanece alta devido a declarações contraditórias sobre tarifas, o que mantém pressão negativa sobre o dólar no curto prazo.
A queda do dólar reflete preocupações mais amplas, como a incerteza na política econômica dos EUA e distorções no mercado de títulos públicos, segundo Jonas Goltermann, da Capital Economics. Ele argumenta que o status da moeda como reserva global está, em parte, sob questionamento, embora seus efeitos de rede ainda garantam relevância. A erosão da confiança nas instituições e mercados americanos também contribui para o cenário desafiador.
Na Argentina, o primeiro dia de flexibilização cambial após o acordo com o FMI levou à desvalorização do dólar blue, que caiu para 1.285 pesos argentinos. As medidas, anunciadas na sexta-feira, seguem o empréstimo de US$ 20 bilhões do organismo internacional. O movimento reforça a tendência de alívio em mercados emergentes, ainda que a volatilidade global permaneça elevada.