O dólar apresentou queda firme nesta terça-feira, fechando abaixo de R$ 5,75, influenciado pelo enfraquecimento da moeda americana frente a divisas emergentes. O movimento foi impulsionado pela valorização de commodities, como o petróleo, e por uma melhora no apetite ao risco nos mercados internacionais. O real teve o segundo melhor desempenho entre as moedas mais líquidas, beneficiado também pela desvalorização do dólar no exterior após tensões envolvendo o Federal Reserve e a política monetária dos EUA.
Apesar das críticas recentes ao presidente do Fed, os mercados mostraram certa recuperação, com bolsas em Nova York subindo mais de 2%. O ouro, tradicional refúgio em momentos de incerteza, recuou após bater recorde histórico no dia anterior. Analistas destacam que o Brasil pode se beneficiar do aumento das exportações de commodities agrícolas para a China, em meio às tensões comerciais. Enquanto isso, autoridades do Fed reforçaram a importância de manter decisões técnicas e ancorar expectativas inflacionárias.
No cenário local, o presidente do Banco Central reiterou o compromisso com uma política monetária restritiva, dada a inflação elevada. Apesar da queda recente, instituições como o Citi mantêm a previsão de dólar próximo a R$ 6,00 no fim do ano, citando o ambiente externo mais adverso e incerto. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas, oscila entre quedas e recuperações, refletindo a volatilidade global.