O dólar à vista apresentava queda frente ao real nas primeiras negociações desta terça-feira (8), recuando 0,54%, para R$ 5,8819 na venda, após fechar no maior valor desde fevereiro no dia anterior. A movimentação reflete um alívio parcial dos investidores, que ponderam a possibilidade de negociações sobre as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, mesmo com o agravamento das tensões comerciais, principalmente com a China. Notícias de que países como Japão e União Europeia buscam diálogo com os EUA amenizaram o clima de aversão ao risco observado nas sessões anteriores.
No cenário internacional, a política comercial norte-americana segue no radar dos mercados, com temores de que medidas protecionistas possam escalar para uma guerra comercial ampla, impactando a inflação global e o crescimento econômico. No entanto, declarações recentes indicam disposição para negociações, como a ida de uma equipe dos EUA ao Japão e a priorização de diálogos pela UE, embora o bloco europeu tenha sinalizado que não esperará indefinidamente antes de adotar contramedidas. Enquanto isso, o índice do dólar frente a outras moedas também recuava, refletindo cautela moderada.
No Brasil, os agentes financeiros acompanhavam dados do Banco Central que mostraram aumento da dívida bruta em fevereiro, além de um déficit primário menor que o esperado. As atenções se voltavam ainda para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participaria de um fórum de investimentos no final do dia. O mercado segue atento aos desdobramentos das tensões comerciais globais e seus possíveis reflexos na economia doméstica.