O dólar caiu pelo quinto pregão consecutivo frente ao real, fechando abaixo de R$ 5,70, impulsionado pela expectativa de redução nas tensões comerciais entre EUA e China. A moeda americana acumula perdas de quase 2% na semana, refletindo o avanço de divisas emergentes e de exportadores de commodities, além dos novos estímulos monetários anunciados pelo governo chinês. O real mantém atratividade para operações de carry trade, mesmo com sinais de que o ciclo de alta de juros no Brasil pode estar próximo do fim.
No mercado acionário, o Ibovespa atingiu seu maior patamar desde setembro de 2024, subindo 1,79%, impulsionado pelo apetite a risco global e pela perspectiva de estímulos adicionais na China. Setores cíclicos, como varejo e saúde, lideraram os ganhos, enquanto a Petrobras recuou devido a incertezas sobre preços de combustíveis e projetos de exploração. Declarações do presidente americano sobre possíveis revisões tarifárias em duas a três semanas também influenciaram o movimento positivo.
Autoridades do Banco Central reforçaram a previsão de moderação econômica como fator para convergência da inflação à meta, mantendo o guidance de ajuste menor da Selic em maio. Enquanto isso, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas, recuou 0,60%, refletindo a pressão sobre a divisa americana. O cenário global segue sendo moldado pelas políticas monetárias e pelas negociações comerciais entre as maiores economias do mundo.