O dólar iniciou a quinta-feira, 10, em alta, mas recuou no mercado à vista após a divulgação do CPI dos EUA, que registrou deflação de 0,1% em março, contra a expectativa de alta de 0,1%. O índice DXY, que mede o dólar frente a moedas desenvolvidas, atingiu mínimas próximas a 101 pontos. Por volta das 9h45, a moeda americana voltava a sinalizar valorização. Os juros futuros acompanharam o movimento de queda, influenciados pelos retornos dos Treasuries, mas o impacto foi limitado pelo forte desempenho do setor de serviços em fevereiro, que subiu 0,8% ante janeiro, o dobro do teto das projeções.
Enquanto isso, o Índice de Governabilidade (I-Gov) do governo Lula recuou de 48% para 46% entre janeiro e março. No cenário internacional, a União Europeia anunciou uma pausa de 90 dias em contramedidas tarifárias contra os EUA, após decisão semelhante do lado americano. No entanto, autoridades europeias criticaram a medida, destacando a imprevisibilidade e o protecionismo das políticas comerciais dos EUA. O conselheiro econômico da Casa Branca, por sua vez, afirmou que o país buscará pressionar parceiros para obter vantagens nas negociações.
Na quarta-feira, 9, o dólar à vista fechou em queda de 2,51%, cotado a R$ 5,8473, refletindo o alívio temporário nas tensões comerciais. A suspensão das tarifas recíprocas acima de 10% por 90 dias contribuiu para a desaceleração da moeda americana frente a divisas emergentes. O mercado segue atento aos desdobramentos econômicos e políticos, tanto no Brasil quanto no exterior.