O documentário “Bad Influence: The Dark Side of Kidfluencing”, disponível na Netflix, investiga os dilemas éticos por trás do fenômeno de crianças e adolescentes que se tornam estrelas das redes sociais. O filme questiona se há algum aspecto positivo em incentivar ou até coagir jovens a expor suas vidas online em busca de atenção, validação ou lucro com patrocínios e marcas. A produção também aborda um processo judicial de grande repercussão envolvendo esse universo, sem entrar em detalhes que possam comprometer indivíduos específicos.
O texto reflete sobre a tendência de romantizar o passado, lembrando que a infância pode parecer mais inocente simplesmente porque as crianças não tinham consciência dos problemas do mundo. O autor reconhece a importância de evitar visões nostálgicas, mas levanta preocupações sobre os impactos de crescer sob os holofotes da internet. A discussão sugere que, embora a tecnologia e as redes sociais sejam inevitáveis hoje, é preciso avaliar criticamente como elas moldam a vida dos mais jovens.
Com um tom imparcial, o documentário convida o público a refletir sobre os limites entre entretenimento e exploração no mundo digital. Sem apontar culpados, a obra ilumina os cantos mais sombrios da indústria de “kidfluencers”, deixando em aberto se essa é uma tendência inevitável ou um caminho que exige maior regulamentação e cuidado. A narrativa mantém um equilíbrio entre reconhecer a realidade atual e questionar seus custos para a nova geração.