Aliados da ministra do Meio Ambiente afirmaram que tomarão medidas políticas e jurídicas para investigar denúncias relacionadas ao processo eleitoral interno do partido Rede. A chapa apoiada pela atual porta-voz, eleita com 73,5% dos votos, venceu a disputa, enquanto a chapa apoiada pela ministra obteve apenas 24%. O resultado ampliou as tensões, já que o evento havia sido suspenso por decisão judicial, mas a medida foi revertida horas antes da votação.
O conflito reflete divergências ideológicas e estratégicas dentro do partido. De um lado, há a defesa do sustentabilismo, alinhado ao governo federal; do outro, o ecossocialismo, que propõe mudanças no sistema econômico junto à pauta ambiental. A disputa também envolve a relação com o PT, já que a atual porta-voz foi expulsa do partido em 2003 e criticou a gestão petista em eleições recentes.
A ala da ministra ingressou com ação judicial alegando irregularidades no congresso que elegeu a nova liderança, acusações negadas pelos adversários. Em nota, o grupo afirmou que continuará atuando de forma “vigilante e propositiva”. O embate evidencia uma crise interna que pode redefinir os rumos da legenda fundada em 2013.