Autoridades policiais e o Ministério Público Federal (MPF) divergem sobre o paradeiro de máquinas apreendidas em uma operação contra a fabricação clandestina de cigarros no Rio de Janeiro. Os equipamentos, avaliados em mais de R$ 1 milhão, foram leiloados para indenizar trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão, mas parte deles desapareceu ou foi parar em endereços suspeitos. O MPF afirma haver indícios de desvio, enquanto a Polícia Civil nega furto e destaca que a entrega foi feita conforme a lei, com acompanhamento judicial.
As investigações revelam que uma máquina de grande porte, furtada antes do leilão, permanece desaparecida. Outras, rastreadas pela Polícia Federal, foram encontradas em locais não vinculados aos compradores oficiais, levantando suspeitas de que tenham retornado às mãos de criminosos. Empresas que adquiriram os lotes também relataram faltas em seus pedidos, resultando em reembolsos determinados pela Justiça.
O caso expõe desafios na fiscalização de bens apreendidos e aponta possíveis falhas na cadeia de custódia. Enquanto o MPF investiga supostos desvios e infiltrações no Estado, a Polícia Civil afirma que as diligências continuam, com análise de imagens e depoimentos. A situação permanece sob apuração, sem conclusões definitivas sobre a responsabilidade pelos desaparecimentos.