A controvérsia entre a Andreani Logística e a Fundação Butantan revela tensões na transição de contratos públicos envolvendo o armazenamento e distribuição de insumos para vacinas. A Andreani alega que o Butantan prorrogou unilateralmente o contrato sem acordo formal, enquanto a fundação afirma que o processo seguiu a legislação e que a nova licitação, vencida pela Simas Logística, foi transparente. A empresa questiona a capacidade operacional da concorrente e a legalidade do certame, levando o caso à Justiça e ao Tribunal de Contas do Estado.
O Butantan, por sua vez, defende a regularidade do processo, destacando que a Simas já começou a receber insumos e está plenamente capacitada para assumir as operações. A fundação também ressalta que a mudança não afetará a produção de vacinas, já que a entrega de doses contra a gripe foi concluída e a próxima etapa só ocorrerá no segundo semestre. Além disso, o Butantan afirma que a escolha da Simas gerou uma economia significativa, com proposta 45% mais barata que a da concorrente.
Enquanto a Andreani decidiu suspender a recepção de novos insumos sem um cronograma de transição formalizado, o Butantan garante que a migração será concluída até o fim de maio. O impasse judicial continua, com decisões preliminares favoráveis à fundação, mas a discussão sobre transparência e eficiência na gestão de contratos públicos permanece em aberto. O caso ilustra os desafios na logística de saúde pública e a complexidade das disputas contratuais no setor.