Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ) e vice-presidente do PT, anunciou sua candidatura à presidência do partido, marcando sua campanha por um discurso de revitalização e aproximação com as bases populares. Sua proposta, baseada no livro “Diálogos com a utopia”, busca consolidar o PT como uma força próxima das comunidades, em contraste com críticas veladas a adversários internos, como Edinho Silva, que conta com o apoio do presidente Lula. A eleição interna está marcada para 6 de julho, com o lançamento oficial de Quaquá programado para 13 de maio no Rio de Janeiro.
A disputa também inclui Rui Falcão, deputado federal, que defende uma renovação no partido sem confrontar diretamente Lula, embora ressalte a necessidade de um PT “diferente”. Falcão enfatizou que sua candidatura não é uma oposição ao presidente, mas uma tentativa de fortalecer o partido para as próximas eleições. Enquanto isso, Quaquá busca alianças com figuras como Romênio Pereira e Falcão para um eventual segundo turno, evidenciando as divisões dentro da corrente majoritária do PT.
O cenário reflete tensões estratégicas e ideológicas, com Gleisi Hoffmann sendo elogiada por seu papel na vitória de Lula em 2022, enquanto Quaquá promete retomar a “vocação histórica” do partido. A polarização entre as candidaturas sugere um debate intenso sobre o futuro do PT, seja pela via da militância popular ou por uma gestão alinhada aos interesses da presidência. O resultado definirá não apenas a liderança partidária, mas também o rumo do PT nos próximos anos.