A equipe jurídica do atacante francês Kylian Mbappé obteve autorização para bloquear 55 milhões de euros das contas do Paris Saint-Germain (PSG), alegando que o clube não pagou salários e bônus devidos. O tribunal de Paris permitiu a apreensão preventiva do valor, e uma audiência está marcada para 26 de maio. A defesa do jogador afirma que tentou resolver a questão de forma amigável por mais de um ano, mas, sem sucesso, decidiu adotar medidas judiciais mais contundentes.
O PSG contesta as alegações, argumentando que houve um acordo verbal para a renúncia aos bônus quando o atleta foi afastado do time em 2023, após decidir não renovar seu contrato. Mbappé, por sua vez, sustenta que o clube deixou de cumprir obrigações financeiras, incluindo três meses de salário e parte de um bônus de fidelidade. A situação se agravou após a federação francesa de futebol considerar inadequada uma apelação do jogador, levando sua equipe a pedir intervenção do ministro dos Esportes.
A relação entre as partes terminou de maneira conturbada, com o jogador sendo vaiado por parte da torcida em sua despedida. O PSG chegou a oferecer o contrato mais lucrativo de sua história em 2022, mas o atacante teria ficado frustrado com a falta de reforços prometidos. A saída para o Real Madrid em 2024 encerrou um capítulo marcado por tensões, incluindo a recusa de uma oferta milionária da Arábia Saudita. O caso agora segue nos tribunais, com possíveis implicações para o clube francês, incluindo riscos à sua licença para competições europeias.