Uma parlamentar acionou a Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo após declarações de outra vereadora durante sessão plenária. O discurso, que mencionou “mulher branca, bonita e rica” como motivo de incômodo, provocou reações da plateia e de colegas, que acusaram a fala de conter elementos racistas e discriminatórios. A representação argumenta que a conduta viola princípios constitucionais, como igualdade e dignidade humana, e pede investigação por possível quebra de decoro parlamentar.
O incidente ocorreu durante a votação do reajuste para servidores municipais, quando a vereadora interrompeu uma colega e fez as polêmicas declarações. A transmissão oficial da sessão foi temporariamente interrompida, e, após o retorno, a autora do discurso se desculpou, afirmando que não teve intenção de ofender. No entanto, a justificativa não evitou a formalização da denúncia à Corregedoria, que poderá analisar penalidades, incluindo a perda do mandato.
A representação destaca que o racismo pode se manifestar por meio de discursos que reforçam privilégios e estigmatizam grupos racializados, exigindo responsabilização política. O caso reacende o debate sobre a linguagem utilizada no ambiente legislativo e os limites da liberdade de expressão no exercício do mandato. A Corregedoria ainda não se pronunciou sobre as providências a serem tomadas.