O atual presidente dos Estados Unidos afirmou publicamente que sua aprovação popular chega a 70%, contradizendo pesquisas de institutos independentes. Dados recentes do SSRS, Reuters/Ipsos e Associated Press apontam índices entre 39% e 47%, com desaprovação variando de 52% a 58%. O agregador FiveThirtyEight, que calcula médias ponderadas, registra 47,9% de aprovação, próximo à taxa de desaprovação (48,1%). As declarações foram feitas durante um comício e reforçadas em redes sociais, sem embasamento em levantamentos tradicionais.
Além da divergência nos números, medidas recentes do governo enfrentam resistência da opinião pública. Políticas como a revisão da cidadania por nascimento e a proposta de rebatizar o Golfo do México têm rejeição de 59% e 70%, respectivamente. Na economia, apenas 39% aprovam a gestão federal, em um cenário de inflação acumulada de 4,1% e queda no índice de confiança do consumidor. Apesar disso, o discurso oficial insiste em altos índices de popularidade histórica.
Com as eleições legislativas se aproximando, a falta de fontes que comprovem a afirmação de 70% de aprovação permanece um ponto de tensão. O presidente classificou as pesquisas como “falsas” e acusou a mídia de distorcer os fatos, reiterando sua conexão com o eleitorado. O debate reflete a polarização em torno da avaliação do governo e a complexidade de medir apoio popular em um contexto de desconfiança institucional.