O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, afirmou que mais de 50 países entraram em contato com a Casa Branca para negociar as novas tarifas impostas pelo governo norte-americano. Em entrevista à ABC News, Hassett não revelou quais nações buscaram diálogo, mas destacou que todas querem reduzir os impactos das taxas, que entraram em vigor no sábado (5). Ele negou que a medida seja uma tentativa de pressionar o Banco Central a cortar juros e justificou a exclusão da Rússia do pacote, alegando que sua inclusão poderia prejudicar as negociações pelo fim da guerra na Ucrânia.
As tarifas, anunciadas como “recíprocas”, atingem mais de 180 países e regiões, incluindo Brasil (10%), União Europeia (20%), China (34%), Coreia do Sul (25%) e Japão (24%). O secretário do Tesouro, Scott Bessent, minimizou os impactos no mercado, descartando riscos imediatos de recessão. Trump defende a medida como forma de fortalecer a indústria nacional, reduzir o déficit comercial e servir como ferramenta de barganha em acordos internacionais.
Especialistas, no entanto, alertam para possíveis efeitos negativos, como pressão inflacionária, elevação de juros e desaquecimento econômico. A medida já provocou quedas nas bolsas globais e gera incertezas sobre a capacidade das empresas norte-americanas em suprir a demanda sem importações. O debate continua entre defensores da proteção industrial e críticos que veem riscos para a economia global.