O diretor-geral da Polícia Federal posicionou-se contra a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, destacando a gravidade dos crimes cometidos. Durante participação em um painel na Brazil Conference, em Harvard, ele afirmou que os eventos incluíram planos de assassinato contra autoridades e ataques às instituições democráticas, que poderiam ter consequências devastadoras. O diretor ressaltou a importância de responsabilizar os envolvidos de acordo com a gravidade dos atos, citando a denúncia da Procuradoria-Geral da República como um marco no processo.
Questionado sobre sua relação com o governo, o diretor negou qualquer proximidade pessoal, afirmando que seu vínculo é exclusivamente institucional. Ele destacou que a Polícia Federal atua com independência, sem considerar influências políticas ou econômicas, e criticou práticas do passado, como operações midiáticas e exposição desnecessária de investigados. Sob sua gestão, a instituição busca fortalecer sua institucionalidade, evitando espetacularização.
O debate também abordou a necessidade de preservar a autonomia da PF, com o diretor enfatizando que sua nomeação segue critérios legais e de confiança profissional. Ele reafirmou o compromisso da polícia com a imparcialidade e o respeito aos procedimentos, distanciando-se de métodos que possam comprometer a credibilidade da instituição. As declarações ocorrem em meio a discussões sobre o projeto de anistia, que divide opiniões no Congresso e na sociedade.