O cardeal italiano Pietro Parolin, de 70 anos, é um dos nomes mais cotados para assumir o papado após a morte de Francisco. Como secretário de Estado do Vaticano, Parolin foi peça-chave em negociações diplomáticas, como a reaproximação entre Estados Unidos e Cuba e o acordo histórico com a China sobre a nomeação de bispos. Conhecido por seu perfil moderado e discreto, ele representa continuidade, mas também abre espaço para diálogo em meio às divisões internas da Igreja.
Com vasta experiência em relações internacionais, Parolin atuou como núncio na Venezuela e participou de mediações complexas, como as tensões entre o chavismo e a oposição. Sua postura cautelosa contrasta com o estilo franco de Francisco, mas ele já se posicionou sobre temas polêmicos, como o celibato clerical e a homossexualidade, sempre buscando equilíbrio. Apesar de sua atuação institucional, críticos questionam sua falta de experiência pastoral.
Nascido em uma família católica próxima a Veneza, Parolin ingressou no serviço diplomático da Santa Sé em 1986, acumulando quatro décadas de trajetória global. Fluente em vários idiomas, ele é visto como um unificador, mas seu possível papado ainda enfrentará desafios, como a relação com governos comunistas e as divisões dentro da Igreja. Seu nome simboliza tanto a tradição quanto a possibilidade de reformas sutis.