O cardeal italiano Pietro Parolin, de 70 anos, é um dos principais candidatos a suceder o papa Francisco no conclave que se aproxima. Como secretário de Estado do Vaticano durante quase todo o pontificado de Francisco, Parolin foi uma figura central nas relações internacionais da Santa Sé, mediando diálogos entre Estados Unidos e Cuba, além de negociar acordos com China e Vietnã. Conhecido por seu perfil moderado e diplomático, ele representa continuidade, mas também a possibilidade de reparar divisões dentro da Igreja.
Com vasta experiência em negociações complexas, Parolin atuou em momentos históricos, como o restabelecimento das relações entre o Vaticano e o México e a aproximação entre Washington e Havana. Sua atuação no acordo com a China sobre a nomeação de bispos, embora criticada por alguns setores, marcou o fim de décadas de tensões. Além disso, ele defendeu posições progressistas em temas como celibato e homossexualidade, sempre com cautela para evitar polêmicas.
Nascido em uma família católica próxima a Veneza, Parolin ingressou no seminário aos 14 anos e construiu uma carreira dedicada à diplomacia vaticana. Fluente em vários idiomas, ele passou por países como Venezuela, onde lidou com o governo de Hugo Chávez, e México, onde ajudou a reatar laços diplomáticos. Sua trajetória e perfil institucional o colocam como um dos favoritos, embora sua falta de experiência pastoral possa ser um ponto de questionamento para alguns setores da Igreja.