Pietro Parolin, cardeal italiano de 70 anos e ex-número dois do Vaticano durante o pontificado de Francisco, é um dos principais candidatos a suceder o primeiro papa latino-americano. Com uma trajetória marcada por importantes negociações diplomáticas, como a reaproximação entre Estados Unidos e Cuba e o acordo com a China sobre a nomeação de bispos, Parolin é visto como um nome que representa continuidade, mas também abertura para resolver divisões dentro da Igreja. Sua postura moderada e experiência institucional o destacam, embora sua falta de atuação pastoral seja um ponto questionado por alguns.
Como secretário de Estado, Parolin foi uma figura central nas relações internacionais do Vaticano, atuando em mediações complexas e demonstrando habilidade em lidar com governos de diferentes orientações políticas. Conhecido por seu perfil discreto e diplomático, ele contrasta com o estilo franco de Francisco, evitando declarações polêmicas. No entanto, já se posicionou sobre temas sensíveis, como o celibato clerical e a homossexualidade, sempre alinhado à doutrina da Igreja, mas com uma abordagem ponderada.
Nascido em uma família católica próxima a Veneza, Parolin ingressou no seminário ainda jovem e construiu uma carreira dedicada à diplomacia vaticana, servindo em países como México e Venezuela. Sua atuação em negociações históricas e seu conhecimento profundo da Cúria Romana reforçam sua candidatura. Agora, enquanto o conclave se aproxima, sua habilidade em unir diferentes correntes da Igreja será posta à prova.