Representantes de Ruanda e da República Democrática do Congo assinaram uma declaração de princípios em Washington nesta sexta-feira (25), comprometendo-se a elaborar um esboço de acordo de paz até 2 de maio. O documento, firmado sob mediação dos Estados Unidos, reforça o respeito mútuo à soberania e à integridade territorial, além de priorizar a resolução de disputas por meios diplomáticos. A iniciativa marca um passo significativo para reduzir as tensões na região, após meses de conflitos intensos no leste do Congo.
O leste da República Democrática do Congo, rico em recursos naturais, enfrenta décadas de violência, com recentes avanços de grupos rebeldes que capturaram cidades estratégicas como Goma e Bukavu. O governo congolês e aliados internacionais acusam Ruanda de apoiar os insurgentes, alegação negada pelas autoridades ruandesas. A declaração conjunta surge dias após um anúncio surpresa de cessar-fogo entre o Congo e o grupo rebelde M23, indicando possíveis avanços nas negociações.
O compromisso assumido pelos dois países inclui a coordenação de canais diplomáticos para revisar o esboço do acordo de paz dentro do prazo estipulado. Enquanto especialistas da ONU e outros atores monitoram o processo, a comunidade internacional espera que o diálogo possa levar a uma solução duradoura para a crise. A mediação americana destaca o papel dos Estados Unidos como facilitador, embora os desafios permaneçam complexos diante das décadas de conflito e desconfiança mútua.