Delvânia Campelo da Silva, uma diarista de 50 anos, faleceu após mais de 20 dias internada devido a graves ferimentos na cabeça causados por agressões. Ela era conhecida por seu trabalho social no Jardim Vitória, em Palmas, onde ajudava crianças e pessoas carentes por meio de doações e ações comunitárias. Amigos e familiares a descreviam como uma pessoa meiga e dedicada ao próximo, destacando seu “coração enorme” e seu envolvimento em iniciativas assistenciais.
O suspeito do crime, com quem ela mantinha um relacionamento, foi preso e indiciado por feminicídio. A defesa alegou legítima defesa, enquanto a família aguarda a conclusão das investigações. Delvânia havia reduzido o contato com parentes após se mudar para viver com o acusado, mas, segundo relatos, estava apaixonada e não imaginava ser vítima de violência.
Antes de morrer, a família autorizou a doação de seus órgãos, atendendo ao seu perfil solidário. Rins e fígado foram destinados a três pacientes em lista de espera. Parentes e amigos homenagearam Delvânia com aplausos e balões no hospital, enquanto exigem justiça pelo crime. A defesa do acusado afirmou que aguarda a apuração dos fatos para esclarecer o caso.