A gestão estadual de São Paulo e o governo federal iniciaram conversas para evitar a reocupação de imóveis na favela do Moinho, após famílias deixarem suas casas. A discussão surgiu depois que a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) emitiu uma nota técnica contra demolições na comunidade. O estado alega que há pressão de grupos criminosos para impedir a descaracterização dos imóveis, como a remoção de portas e telhados. A União prometeu buscar uma solução técnica para inviabilizar as construções, mas ainda não apresentou uma resposta definitiva.
Em paralelo, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo propôs uma parceria com o Ministério das Cidades para subsidiar o reassentamento das famílias mais vulneráveis, com renda de até um salário mínimo. O estado já oferece R$ 150 mil por unidade, a fundo perdido, e pede que a União contribua com R$ 100 mil. O ministro teria concordado com a proposta e acionado sua equipe técnica para avaliar a viabilidade do projeto.
As negociações ocorrem enquanto as primeiras remoções são realizadas na comunidade. A busca por uma solução conjunta reflete a complexidade do caso, que envolve questões urbanísticas, sociais e de segurança pública. O diálogo entre as esferas de governo busca evitar conflitos e garantir uma transição ordenada para as famílias afetadas.