O Brasil registrou 16,6 milhões de casos de diabetes entre pessoas de 20 a 79 anos em 2024, ocupando a sexta posição no ranking mundial, atrás de China, Índia, Estados Unidos, Paquistão e Indonésia. O número representa um aumento de 403% desde 2000, quando havia 3,3 milhões de diagnósticos. De acordo com o Atlas de Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), a doença é uma das principais causas de morte no país, com 111 mil óbitos no último ano, além de gerar custos de US$ 45 bilhões para o sistema de saúde. O diabetes gestacional também preocupa, afetando 11% das gestantes, enquanto o tipo 1 atinge cerca de 500 mil brasileiros, em sua maioria crianças e jovens.
O crescimento da doença está diretamente ligado ao aumento da obesidade, que atinge quase 70% dos adultos no país, aliado a hábitos alimentares inadequados e sedentarismo. Fatores como acesso limitado à saúde, dificuldade em adotar um estilo de vida saudável e o crescimento de doenças crônicas não transmissíveis entre jovens também contribuem para o cenário. Além disso, os avanços no tratamento prolongam a vida dos pacientes, aumentando a prevalência da doença, já que novos casos continuam surgindo sem controle.
Para reduzir os índices, especialistas destacam a necessidade de políticas públicas multissetoriais, como promoção de alimentação saudável, incentivo à atividade física e educação em saúde. Medidas simples, como 150 minutos de exercícios semanais, consumo diário de frutas e verduras e manutenção de um peso saudável, podem ajudar na prevenção. No entanto, nenhum país conseguiu reduzir a prevalência da doença até o momento, reforçando a urgência de ações coordenadas e acessíveis.