Nesta quarta-feira (23), comemora-se o Dia Nacional da Educação para Surdos, data que reforça a importância da acessibilidade e da inclusão no ensino. Apesar dos progressos, como a maior presença de intérpretes de Libras em instituições educacionais, especialistas apontam que ainda há lacunas significativas. Sheila Borges, professora de Libras no IFPI, destacou a necessidade de políticas públicas mais sólidas, como a criação de cargos específicos para professores e tradutores, além da implantação de escolas bilíngues para surdos no Piauí.
Relatos de estudantes ilustram os obstáculos enfrentados. Maria Thasssiane, aluna do IFPI, quase abandonou um curso superior devido à falta de suporte adequado, mas encontrou melhoria após diálogos com a instituição. Catarina Monte, coordenadora de apoio a alunos com necessidades específicas, ressaltou que a equipe de tradutores tem sido fundamental para o ingresso de surdos em universidades, demonstrando avanços concretos, ainda que insuficientes.
A data serve como reflexão sobre os desafios persistentes, como a demora na contratação de intérpretes e a carência de infraestrutura especializada. Enquanto iniciativas individuais, como vaquinhas para custear profissionais, ganham destaque, a demanda por ações governamentais permanentes segue urgente para garantir educação inclusiva e de qualidade para a comunidade surda.