O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) afirmou que a Universidade Harvard poderá perder o direito de matricular estudantes estrangeiros caso não cumpra as exigências do governo para compartilhar informações sobre alguns portadores de visto. A secretária do DHS também anunciou o corte de duas bolsas de pesquisa, totalizando mais de US$ 2,7 milhões. Essas medidas representam uma escalada nas tensões entre o governo e a instituição, que já havia sido alvo de ameaças de perda de isenções fiscais por parte do ex-presidente.
Harvard rebateu as acusações, afirmando que não há base legal para a revogação de seu status e que tal ação prejudicaria programas essenciais de pesquisa médica e auxílio financeiro a estudantes. Outras universidades, como Columbia, Princeton e Brown, também tiveram financiamentos congelados ou cancelados. O DHS exigiu que Harvard forneça registros sobre atividades supostamente ilegais envolvendo estudantes estrangeiros até 30 de abril, sob risco de perder o privilégio de matriculá-los.
Os conflitos ocorrem em meio a protestos pró-Palestina em campi universitários, que levaram o governo a deportar manifestantes estrangeiros e revogar centenas de vistos. Harvard defendeu sua independência e direitos constitucionais, classificando como inaceitável a pressão para aceitar condições sob ameaça de perder financiamentos federais, essenciais para pesquisas que consolidam a liderança científica dos EUA. O impasse reflete disputas mais amplas entre instituições acadêmicas e o governo federal.