As regiões Sul e Sudeste concentram 57% dos leitos hospitalares do Brasil, enquanto o Norte tem apenas 7,4%, segundo dados do ElastiCNES. O Sudeste lidera com 41,3% do total, seguido pelo Nordeste (26,5%), Sul (15,7%) e Centro-Oeste (9%). Estados como Amazonas, Sergipe e Pará têm menos de 200 leitos para cada 100 mil habitantes, contrastando com o Distrito Federal, que possui 368. A desigualdade reflete fatores históricos, econômicos e de infraestrutura, conforme destacado pelo Ministério da Saúde.
O SUS responde por 67% dos 535.392 leitos do país, mas a proporção diminuiu 5 pontos percentuais desde 2008. Durante a pandemia, houve um aumento significativo de leitos, atingindo o pico em 2021. O Ministério da Saúde atribui a redução relativa à tendência global de desospitalização, com maior foco em cuidados ambulatoriais e preventivos. Programas como o PAC e o Mais Médicos buscam reduzir as disparidades, ampliando o acesso a serviços essenciais em regiões vulneráveis.
A nota do ministério reforça que, apesar da mudança no modelo de atenção, o SUS mantém o compromisso com a integralidade do cuidado. Iniciativas como o Mais Médicos, que levará 28 mil profissionais a áreas prioritárias em 2025, visam democratizar o acesso à saúde. O texto destaca a necessidade de investimentos contínuos para equilibrar a distribuição de recursos e melhorar a infraestrutura em regiões menos atendidas.