O desemprego no Brasil registrou queda nos primeiros três meses de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, alcançando a menor taxa para um primeiro trimestre desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. A taxa de desocupação caiu 0,9%, enquanto o rendimento médio dos trabalhadores aumentou 4%, chegando a R$ 3.410. Setores como indústria, comércio e reparação de veículos foram os que mais geraram vagas, com destaque para a criação de mais de 430 mil postos na indústria e quase 600 mil no comércio.
Apesar da melhora, desafios persistem, como a alta informalidade, que ainda atinge 38% da população ocupada, equivalente a quase 39 milhões de pessoas. Economistas atribuem a redução do desemprego a mudanças na legislação trabalhista pós-pandemia e ao aquecimento da economia nos últimos anos, que impulsionou contratações formais e o empreendedorismo em micro e pequenas empresas. No entanto, a qualidade das vagas ainda é um obstáculo, com dois terços das ocupações exigindo, no máximo, ensino fundamental.
Especialistas destacam a necessidade de investimentos em educação e qualificação profissional para elevar a produtividade e a qualidade dos empregos. Enquanto isso, histórias como a de trabalhadores informais ilustram as dificuldades enfrentadas por muitos brasileiros, mesmo em um cenário de recuperação econômica. O desafio, segundo analistas, é garantir que o crescimento gere oportunidades mais estáveis e bem remuneradas no longo prazo.