Pesquisadores identificaram câmaras subterrâneas contendo mercúrio líquido sob a Pirâmide da Serpente Emplumada, em Teotihuacan, México. A estrutura, construída há aproximadamente 1.800 anos, foi alvo de escavações em 2015, reacendendo debates sobre seu significado para as civilizações mesoamericanas. O arqueólogo responsável sugeriu que o mercúrio poderia simbolizar um portal para o submundo, possivelmente ligado a um governante desconhecido, enquanto sua aparência reflexiva também levantou hipóteses sobre rituais envolvendo passagens para outras dimensões.
Além do mercúrio, a presença de mica, um mineral isolante encontrado no local, gerou especulações sobre uma possível função tecnológica da pirâmide. Algumas teorias propõem que a combinação desses materiais indicaria o uso do templo como uma estrutura energética, embora faltem evidências científicas conclusivas. A origem da mica, que teria vindo de uma região a mais de 7 mil quilômetros de distância, e o processo complexo de extração do mercúrio reforçam a ideia de conhecimentos avançados entre os construtores.
Apesar das descobertas, nenhuma sepultura foi encontrada, deixando em aberto as interpretações sobre os rituais funerários que possivelmente ocorreram no local. A Pirâmide da Serpente Emplumada continua a ser um dos sítios arqueológicos mais estudados da Mesoamérica, com sua função original ainda sendo debatida por especialistas. A recente atenção nas redes sociais trouxe novo foco à complexidade dos elementos encontrados, mantendo viva a curiosidade sobre os mistérios da antiga Teotihuacan.