O descarte inadequado de lixo em Goiânia representa um risco significativo para a saúde pública e o meio ambiente, segundo alerta da Vigilância de Doenças e Agravos Transmissíveis (Gedat). Acúmulos de resíduos em locais impróprios favorecem a proliferação de vetores como o Aedes aegypti, responsável por dengue, zika e chikungunya, além de roedores que transmitem leptospirose e hantavirose. A contaminação de lençóis freáticos e corpos d’água também prejudica a fauna aquática e pode comprometer o abastecimento público.
Além disso, o lixo doméstico mal descartado serve como criadouro para mosquitos, com até tampinhas de refrigerante capazes de armazenar ovos que sobrevivem por um ano. Doenças diarreicas agudas e hepatite A também estão associadas à ingestão de água e alimentos contaminados, podendo evoluir para casos graves que exigem hospitalização. A gerente da Gedat, Flaviane Lemos Ribeiro, enfatiza que essas enfermidades podem levar à morte sem tratamento adequado.
A participação da população é crucial para reduzir os impactos, com ações como a separação de recicláveis e o uso de serviços como a coleta seletiva e o Cata-Treco, disponíveis em todas as regiões de Goiânia. A campanha educativa “A cidade é sua casa. Cuide bem dela” reforça a responsabilidade coletiva na manutenção da limpeza urbana. Segundo autoridades, apenas com o engajamento da comunidade será possível reduzir a incidência de doenças e a sobrecarga nos serviços de saúde.