A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu seu menor nível no atual mandato, com 56% de desaprovação, segundo pesquisa Quaest. O cenário é influenciado por fatores como a alta nos preços dos alimentos, juros elevados e insatisfação do mercado financeiro. Medidas recentes, como a isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil e a redução de tarifas de importação, buscam aliviar a pressão, mas especialistas questionam seu impacto a curto prazo.
O governo enfrenta desafios na comunicação e na condução das contas públicas, com críticas sobre a falta de ajustes fiscais mais robustos. A disparada do dólar e a inflação, especialmente nos alimentos, afetam diretamente o poder de compra da população, ampliando o descontentamento. Apesar de ações para facilitar crédito e estimular a economia, analistas apontam que o cenário fiscal restritivo e a taxa Selic elevada limitam a capacidade de recuperação rápida.
Com as eleições de 2026 se aproximando, o governo busca reverter a percepção negativa, mas esbarra em um contexto histórico de desgaste político e econômico. A combinação de fatores externos, como crises globais, e internos, como a necessidade de equilíbrio fiscal, coloca o Executivo em uma posição delicada. A eficácia das medidas adotadas e a capacidade de comunicação serão decisivas para definir os rumos da popularidade nos próximos meses.