A Páscoa, marcada pelo consumo de chocolates em embalagens decorativas, enfrenta um crescente desafio ambiental: a dificuldade de reciclar os materiais utilizados nesses produtos. Embora visualmente atrativas, as embalagens frequentemente contêm plásticos metalizados, como o BOPP, e outros componentes complexos que tornam a separação e a reciclagem economicamente inviáveis. Como resultado, grande parte desses resíduos acaba em aterros sanitários, sem chances de reintegração ao ciclo produtivo.
Empresas têm buscado alternativas para reduzir esse impacto, como a Nugali Chocolates, que desenvolveu embalagens biodegradáveis, e a Nestlé, que criou um programa de reciclagem em parceria com a TerraCycle. Essas iniciativas demonstram que soluções sustentáveis são possíveis, mas ainda dependem de maior adoção pela indústria. Enquanto isso, os consumidores podem contribuir optando por produtos com embalagens recicláveis, reutilizando materiais e descartando corretamente os resíduos.
A conscientização sobre o destino das embalagens é essencial para transformar hábitos e tornar celebrações como a Páscoa mais sustentáveis. Normas técnicas, como a ABNT NBR 13.230, ajudam a orientar a identificação de materiais recicláveis, mas a ampliação de práticas ecoeficientes ainda é um caminho a ser percorrido por fabricantes e sociedade.