Um crime violento no Rio de Janeiro, em que um adolescente atacou um homem em situação de rua sob incentivo de um desafio promovido em plataforma digital, trouxe à tona os perigos enfrentados por jovens na internet. Investigações revelaram que o ataque foi organizado por um grupo criminoso especializado em delitos cibernéticos, incluindo crimes de ódio, apologia ao nazismo e divulgação de pornografia infantil. O caso chamou a atenção até de agências internacionais, destacando a urgência de medidas para proteger menores em ambientes virtuais.
Especialistas defendem a responsabilidade compartilhada entre famílias, escolas e empresas de tecnologia na criação de espaços online mais seguros. Propostas como verificação etária robusta e regulação mais rígida para plataformas digitais estão em discussão, incluindo um projeto de lei em tramitação no Congresso. A adoção de mecanismos de proteção e a fiscalização de conteúdos violentos ou manipulativos são apontadas como essenciais para evitar a exposição de jovens a riscos.
A série “Adolescência”, da Netflix, ampliou o debate sobre violência digital e cyberbullying, mostrando como jovens podem ser aliciados ou vitimizados em ambientes virtuais. Psicólogos alertam para os traumas causados por essas experiências, que podem levar a isolamento, ansiedade e até tentativas de suicídio. A prevenção e a identificação precoce de sinais de bullying são fundamentais, assim como o acompanhamento psicológico tanto para vítimas quanto para agressores, muitas vezes também afetados por ciclos de violência.