Um deputado federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição de uma queixa-crime protocolada contra ele por declarações consideradas machistas e ofensivas. A ação foi movida por uma ministra após o parlamentar associar publicamente a relação política entre duas figuras públicas a um cenário inadequado, gerando críticas por supostamente desrespeitar a honra e a dignidade da ministra. O caso, relatado por um ministro do STF, pode ser decidido individualmente ou levado ao plenário, com o acusado alegando imunidade parlamentar para justificar suas declarações.
A defesa da ministra argumenta que as falas do deputado não só ferem a ética e o respeito, mas também exacerbam a violência política de gênero, criando um ambiente hostil para mulheres em cargos de poder. O Partido dos Trabalhadores (PT) também acionou o Conselho de Ética da Câmara, acusando o parlamentar de quebrar o decoro com postagens agressivas e desrespeitosas nas redes sociais. A ministra envolvida já havia defendido publicamente o presidente da República, destacando seu histórico de empoderamento feminino e criticando adversários por ataques misóginos.
O episódio reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão no âmbito político e a responsabilidade de figuras públicas em promover um diálogo respeitoso. Enquanto o deputado insiste que suas declarações estão protegidas pela imunidade parlamentar, críticos apontam que tais atitudes perpetuam a desigualdade de gênero e prejudicam a convivência democrática. O desfecho do caso no STF poderá influenciar futuras discussões sobre accountability e conduta ética no Legislativo.